The Last of Us Parte II e a luta que se entra derrotado

Essa semana finalmente zerei o tão esperado TLOU parte II, em paralelo que acompanhava as “reações-reaças” ao jogo e só consigo pensar que, diminuir uma história por abordar temas progressistas, fazer petição para mudar a história do jogo… É o tipo de luta que já se entra pra perder.

Os temas que quebram os padrões do entretenimento é algo crescente e não parece que vai frear daqui pra frente, e na indústria dos games isso não passar batido. Claro que existem as empresas que fazem pelo biscoito e erram, as que recuam pelo medo do fracasso de vendas, mas ainda vejo com bons olhos o crescimento da representatividade nas obras. E de nada adianta querer acabar com isso.

Todo mundo tem o direito de não gostar de um filme, jogo, série… Tudo bem, mas se você é daquele tipo que não gosta de TLOU parte II só pelos personagens LGBTQIA+, é daqueles que odeia Aves de Rapina só por serem mulheres protagonistas, ou tenta forçar “racismo reverso (sic)” no filme do Pantera Negra… Ou muda agora, ou você já era como ser humano.

Convenhamos, quem tem esse estilo de pensamento raso em obras de ficção, leva no dia a dia o mesmo preconceito, logo é o mesmo tipo de gente que não tem nenhum cuidado com a vida de uma criança negra ou que culpa vítima de violência sexual, dentre outros tipos de atrocidades. É a mesma pessoa que anos atrás não apoiou o fim da escravidão, que não achava certo mulher votar, são preconceitos que continuam até hoje, apenas replicados de outras formas. Eu não quero em 2050 ter vergonha do que critiquei em 2020 da mesma forma que não terei vergonha do meu voto em 2018.

Então, se afaste de quem tem essa linha de pensamento, apoie as obras progressistas que aparecem no mercado do entretenimento, ainda que não goste, critique a qualidade e não o tema. E se tiver a chance jogue The Last of Us Parte II, esse jogo vai ser lembrado no futuro como um clássico, você quer sentir vergonha da sua crítica sobre ele?

comments