Escute FZND GRN novo álbum de Rodrigo zin

Poucos artistas conseguem superar seu primeiro trabalho e Rodrigo Valim mais conhecido como Rodrigo zin é um deles. No começo do ano Zin dropou o Ep Francisco Oceanoconsiderado por muitos o melhor trabalho do ano até o momento, pois desde a capa a construção do álbum temos um grande conceito que faz o ouvinte entrar numa verdadeira viagem pelo mundo de zin.

 Rodrigo zin

Hoje ele está lançando seu segundo trabalho o FZND GRN (Fazendo grana pro meu filme). Com produção em quase todas a faixas o artista consegue se superar depois de um grandes trabalhos como Francisco oceano e porque também não dizer na sua participação no EP do coletivo MOSAonde também foi um dos destaques.

Falando sobre o novo álbum, o artista traz mais uma vez uma grande viagem pelas suas faixas e um grande conceito por trás de tudo mostrando que, Zin é um artista conceitual que segue a linhas de artistas como niLL e Makalister, sempre com diversas referências a nosso cotidiano junto com coisas literárias e cultura pop. E vale destacar a grande evolução de um trabalho para o outro em bem pouco tempo, mostrando que sem duvidas Rodrigo Zin é a grande revelação de 2018.

 Rodrigo zin

Aproveitando o lançamento do FZND GRN, trocamos uma ideia com o artistas que falou sobre o conceito do álbum, referencias e muito mais confira:

 Rodrigo zin

Muitas artistas tem o desafio de superar sua primeira obra e Francisco oceano é um Marco, mas você acha que conseguiu supera-lo?

Então, O Francisco e o FZND GRN são discos diferentes que mesmo assim, se complementam. É muito difícil pra mim escolher o melhor, porque sinto que cada disco é uma fase/momento meu
Entretanto se analisar com mais calma, é possível ver/ouvir e sentir que a produção do FZND GRN é muito mais ousada – seja nos arranjos tocados no MIDI (imitando o som orgânico de instrumentos de sopro e cordas) ou mesmo pelos samples e experimentações de ritmos que circulam no disco. Sem falar que o FZND GRN puxa pra um lado mais comercial, visando alcançar mais pessoas/ouvintes/público.

Ou seja, creio que o FZND GRN PMF conseguiu superar o Francisco Oceano

Da onde venho a inspiração da criação do nome da obra? É uma critica a galera que fica falando que se vendeu etc

O nome da obra é mais simples do que se pensa, é uma conversa sincera com o público – Eu estou Fazendo um Filme (ponto) Tenho o roteiro, uma equipe e estou correndo atrás do resto, principalmente do Dinheiro – então, sim, estou fazendo dinheiro para criar um filme.
Mas claro, agora indo pra um lance mais poético eu diria que o nome do CD é pra ser algo provocativo – Faça dinheiro pro que você acredita, faça pela arte, pelos seus sonhos – faça dinheiro, mas se mantenha o mesmo! Faça Grana Pra Um Filme, onde o Protagonista seja você!

Quais foram as principais referências na escritas das faixas e qual sua faixa favorita?

Minhas referências de escrita? Vale dizer Eu mesmo? Pq sério, acho que eu ouvi muito Francisco Oceano pra escrever esse disco sahsahsah Mas agora falando MAIS sério, creio que na escrita, minhas referências pras faixas desse CD venham dos Mangás que eu leio, dos livros de Carlos Ruiz Zafon, dos sons do Shawlin, do Cícero, Lil Wayne, Froid e 0800 Crew. E novamente é complicado falar minha faixa favorita, mas eu acredito que é “O Mais Vendido” (E depois vem “Imaterial”).

 Rodrigo zin

E como foi produzir grande parte das faixas? O interessante que a faixa com a Geo tem um sample da Card B e você mesclou com funk… como foi fazer essa mistura?

É sem palavras produzir praticamente um Álbum inteiro… É como criar um próprio universo, montar uma ambientação – passar os seus sentimentos não só através da voz e da letra, mas sim, com cada violino, sample e drum kit… É demais! E sobre a faixa “Imaterial” (uma das minhas favoritas né) – eu adoro o fato dela começar numa vibe BEM KANYE WEST, soando como um House macio e com a Deusa Cardi B cantando. Eu sinto como se essa track dissesse – Eu não danço, eu faço dinheiro! Ou melhor, eu te faço dançar e lucro com isso. Afinal quando entra o Funk, é a hora que a parada fica séria – Se você já tava dançando com a faixa “Menos que Viver” – com a “Imaterial” você estará pulando, e pra mim mesclar o Funk com Cardi B é colocar aquele tempero brasileiro na sonoridade gringa – é aquele som experimental que deu certo hehe

Você sempre tem referência geek nas músicas, eu senti bastante influência de hora de aventura como é essa construção através de uma parada que muita gente acha bobo ainda no rap?

Se a cena ainda acha “bobo”, é pq tão lendo/vendo os mángas/animes/desenhos/HQ’s errados
Pois eu justamente uso Hora de Aventura em meus sons por causa da história e da complexidade que existe nesse desenho – O mundo pós apocalíptico tratado em Hora de Aventura, é o mundo que eu trato em meus sons. Os personagens de HdA são incríveis e adoro trazer as personalidades deles em meus sons – como é o caso da faixa “Jujuba”, onde eu falo de uma sociedade que eu gostaria de salvar e de uma sociedade que se perdeu. (assim como o Reino da Princesa Jujuba). Mas claro, esse é só um dos exemplos presentes em meu disco.

http://panpanpaan.tumblr.com/post/47651207344

E creio que as referências Geeks podem ajudar muito na hora de passar uma ideia, sem falar que o público mais novo, consegue até mesmo se identificar com maior facilidade. (e recado pros rappers, não usem a referência pela referência… não é legal)

Dada as proporções, essa pergunta é relativa a nossa cena aqui no Brasil.

Seja ou não algo prejudicial, em questão de produtividade e ou originalidade. O quão longe você acha que está o dia em que artistas mais conceituais vão deixar de se adaptar ao mercado, para que o mesmo se adapte a esses artistas ?

Não sei direito “pra onde”, mas se o caminho for pra cima, eu quero que seja o mais alto possível, se for pra baixo, que seja o mais baixo possível (afinal tem petróleo lá embaixo). Eu não ligo pra fama, mas ligo pro dinheiro! Eu quero chegar num lugar onde eu possa viver confortavelmente (de preferência num Estúdio) e com dinheiro o bastante para eu investir na minha arte, no Design, no cinema e até mesmo na Moda.
Eu não quero esbanjar – eu quero apenas criar mais discos, mais ilustrações, mais roupas, mais filmes e entregar tudo isso para as pessoas que me acompanham e me apoiam!

 Rodrigo zin

E pra onde você almeja que seu novo álbum chegue?

Não sei direito “pra onde”, mas se o caminho for pra cima, eu quero que seja o mais alto possível, se for pra baixo, que seja o mais baixo possível (afinal tem petróleo lá embaixo). Eu não ligo pra fama, mas ligo pro dinheiro! Eu quero chegar num lugar onde eu possa viver confortavelmente (de preferência num Estúdio) e com dinheiro o bastante para eu investir na minha arte, no Design, no cinema e até mesmo na Moda.
Eu não quero esbanjar – eu quero apenas criar mais discos, mais ilustrações, mais roupas, mais filmes e entregar tudo isso para as pessoas que me acompanham e me apoiam!


Escute FZND GRN nas plataformas digitais :

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Acompanhe Rodrigo Zin nas redes sociais:

https://www.instagram.com/p/BkHCFs-jxKq/?taken-by=instazin

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Sobre Carlos Alberto F Pires

Amante da cultura, Designer, Comunicador e Diretor Criativo da Black Pipe!!
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