VINGADORES ULTIMATO: O fim do jogo… Que nunca acaba

Acompanhei “em tempo real” a cada capítulo cinematográfico do que viria ser o Universo Cinematográfico do Marvel Studios (MCU) e assisti assiduamente cada filme viria a ser um capítulo de uma história maior a ser contada, em especial a Fase 1, por ter sido executada em um período que coincidiu com a minha adolescência, pois apesar de eu ser ‘DCneco’ tenho que admitir que essa era uma das poucas coisas de qualidade considerável sendo produzida com certa periodicidade no mainstream, além de que eram heróis que eu já conhecia em sua maioria, grande parte deste ‘nohall’ consegui assistindo aquela animação dos anos 90 do Homem-Aranha.

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Gif da série animada do Homem Aranha dos anos 90

Com o tempo passando, senso-crítico adquirido, dores nas costas e mau-humor acumulando-se; Surgiram de minha parte algumas críticas direcionadas aos filmes da Marvel como: falta de urgência causada pelas piadas feitas a torto e a direita nos filmes algumas desnecessárias e em momentos inoportunos, cenas pós-créditos que em muitos casos fazia com que o filme se desvaloriza-se de forma isolada sempre dependendo de “um outro filme muito maior e mais importante” e por fim a falta de consequência (Desde Capitão América: Soldado Invernal isso vem mudando, mas abordarei isso mais adiante).

Mas a principal crítica é à respeito de algo que curiosamente ocorreu também nos quadrinhos, o gênero “Super-heróis” vem sufocando e esmagando os demais gêneros e por exaustão desgastando seu próprio, uma prova disso é que os “mais bem sucedidos” filmes do MCU são aqueles em que subverte-se a fórmula ou se insere super-heróis em um filme de outro gênero qualquer (espionagem, Ópera espacial, assalto etc.)

O filme: Vingadores Ultimato

Enfim é de Vingadores Ultimato que eu me propus a falar e antes que atirem as pedras eu quero que saibam que a maioria das críticas negativas que tenho sobre o MCU NÃO SE APLICAM A ULTIMATO.

A começar pelo “humor-marvel” as piadas aqui são de fato engraçadas e encaixadas em momentos onde elas cabem, isso nos momentos pontuais onde elas existem, pois o tom predominante no filme é de seriedade e tensão, dessa vez as motivações dos personagens principais são convincentes e um dos pontos mais notáveis a criação da sua própria versão de viagem no tempo e usar isso de forma bastante esperta como fio narrativo para fazer uma retrospectiva desses dez anos de filmes, tal qual algumas sitcons faziam em final de temporada, funcionou de forma divertida além de ter nos ajudado a relembrar de toda a trajetória dos protagonistas e é impressionante como conseguiram equilibrar o tempo de tela com tantos personagens para serem trabalhados.

Tony Stark & Steve Rogers

Nesse ponto os arcos que mais me chamaram a atenção foram de Tony Stark (Robert Downey Junior); Que começa essa odisseia de filmes como basicamente um playboy que faz fortuna com morte e guerra e termina como um genuíno herói cometendo a maior forma de sacrifício altruísta:

A joia da coroa deste filme Steve Rogers (Chris Evans) o rapaz franzino do Brooklyn que se tornou soldado por ser idealista e após se tornar soldado, se tornou o ideal de herói, representado magistralmente naquilo que eu acredito ser O MELHOR TAKE DE TODO O FILME ,nele temos um take filmado à distância de um campo aberto de um homem sozinho, na parte iluminada da tela em oposição a um mar de escuridão e toda sorte de monstros:

Esse take meus amigos, traduzem menos de um minuto, de forma semiótica todo o personagem, assim como o arquétipo de herói; Aquele que se opõe ao que está errado, como já dito insistentemente na campanha de divulgação do filme custe o que custar.

À demais esse filme vem quebrando cada “implicância” que tenho contra o MCU. Quais mais? Falta de consequência?  Aqui existem consequências infindáveis que vai reverberar pela fase 4 da Marvel e muito provavelmente no vindouro serviço de Streaming da Disney, o DISNEY+, cena pós-créditos? Dispenso! E aqui, como encerramento de ciclo não precisa e os diretores entendem isso.

Mas os executivos da Disney felizmente estão aí para não me deixar encerrar este texto apenas com elogios, me lembrando que os envolvidos não fazem isso apenas para aquecer os nossos corações, pela arte pura e simples. Porque cinema também é uma indústria e sim estou me referindo ao relançamento do filme nas salas de cinema única e exclusivamente para “roubar o pódio” de Avatar. Se liga Disney, se isso fosse competição por esta estratégia vocês seriam pegos no antidoping.

Vingadores Ultimato continua em cartaz nos cinemas com a sua versão Estendida, confira o trailer:

Sobre Alan Jesus

Gerente de TI, professor de inglês aos finais de semana, pseudo-crítico nas horas vagas e sempre faz valer o provérbio em black english: "Get your money black man". Sempre teimando com céticos se magia não existe para que serviria uma câmera?
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