Clássico e conceitual!! Leo Franciozi na beat tape "Elevator"

Os fãs mais clássicos do rap são aficionados por um beat boom bap no melhor estilo anos 90, agora imagine uma mistura entre Lo-Fi, Jazz e Blues junto com aquela pegada clássica e cadenciada dos tempos antigos?

Então Imaginou…

Foi essa mistura que Leo Franciozi fez com sua Beat Tape “Elevator” uma mistura de ritmos clássicos e conceituais trazendo batidas que agradan os fãs mais velhos e mais novos da cena atual. O trabalho que estava sendo produzido desde o ano passado traz um conceito bem interessante, ousado e inovador flutuando entre os ritmos e criando uma atmosfera que ao mesmo tempo traz o conceito clássico conversa com a modernidade dos tempos atuais.

Ele conversou com a gente e falou como foi seu processo criativo para o trabalho:

“ Elevator “ ou “ Elevador “ é uma Beat tape que venho trabalhando desde outubro de 2018. Na época sentia que precisava lançar algo de maior expressão pra alavancar mais a minha carreira, tanto no cenário nacional como no internacional. Meados de setembro do ano passado eu passava por uma fase emocional e criativa muito péssima, queria lançar algo mas não conseguia desenvolver, e em meio a esse período tive sonhos em que me via preso dentro de um elevador, por vários dias seguidos.

Isso mexeu totalmente com a minha cabeça e percebi que de alguma forma aqueles sonhos queriam me dizer algo, foi aí que nomeei o álbum e comecei a trabalhar na parte criativa.. não foquei os beats em nenhum tema específico, mas mantive as características originais do meu trabalho e das minhas influências, que são totalmente inspiradas no rap e na música em geral dos anos 70/80/90, com samples de jazz, blues, com aquele toque de LOFI sempre, e abusando bastante das colagens de vozes de filmes e entrevistas a qual me identifico, sempre colocando trechos entre os beats.

Não sou MC mas minha música tem sentimento, entende? Parece que não, mas tudo que eu quero falar, eu falo através das batidas, do sample, e principalmente das colagens. Eu acho o sample certo, a bateria certa e a colagem de voz certa pra transmitir o sentimento que eu quero, e ao meu ver, é isso que me torna “ diferente “.

Uma coisa importante, eu uso bastante nomes em inglês por conta do meu público. Em todas as plataformas tenho gerado entre 200 e 300 mil ouvintes mensais, e 70% disso tudo não é aqui no Brasil, varia entre Estados Unidos, Espanha, Suíça, Japão e por aí vai.. então grande parte desse álbum as colagens são em ingles, os nomes de faixas e o nome do álbum também, com o pensamento de globalizar mesmo o trampo.

E sempre tive esse sonho, pela tradição da cena beatmaker mundial, por ser algo não pioneiro mas diferente no Brasil, sabia que de alguma forma me diferenciaria se lançasse algo assim. De primeira, por conta da defasagem financeira, iria lançar um pôster e alguns adesivos para comércio, referente ao álbum, mas acabou que deu tudo certo, e mesmo no aperto, consegui importar 40 unidades de fitas cassetes da Holanda, gravei elas aqui em casa nos aparelhos que tenho, e juntamente do meu designer gráfico Yago Cortez, desenvolvi toda parte visual do trampo, seja a capa das plataformas digitais, a capa da fita cassete, os adesivos, os cartões, enfim.. foi tudo muito bem desenvolvido, desde de outubro até o lançamento agora em maio. No kit da fita cassete acompanha uma fita, dois modelos de adesivos e dois modelos de cartão ilustrado frente/verso tudo desenvolvido pelo Yago. Disponibilizei 35 unidades para venda, grande parte já foi mas ainda existem algumas disponíveis. Pra quem não quiser comprar as fitas, tá tudo disponível em todas as plataformas digitais para ouvir e ouvir quantas vezes quiser.– Leo Franciozi