Após 17 anos do lançamento do álbum “Antigamente Quilombos, Hoje Periferia” e uma mudança significativa no cenário político e cultural do país, o grupo Z’África Brasil lança a edição em vinil duplo do clássico dos anos 2000 em um grande show no Sesc Pompéia, em São Paulo, no dia 25 de maio (sábado).
Além do quarteto atualmente formado por Funk Buia, DJ Tano, Pitchô e MC Gaspar, a apresentação conta com a presença de Thaide e Lino Krizz, artistas que fizeram parte da gravação original, além do rapper Kamau e da cantora Nalla, convidados especialmente para essa nova fase. O show fica a cargo da produtora periférica Elchoq Produções.
Originalmente lançado em 2002 pela RSF Records em parceria com a YB Music, o álbum trazia letras inteligentes e vocais diferenciados, que iam da influência da música nordestina ao ragga, além de tratar dos problemas das quebradas e também mostrar o lado mais positivo que é construído nos novos quilombos urbanos.
Com 15 faixas, o trabalho fez sucesso nos bailes black da época e alcançou as telinhas graças ao grande hit “Mano, Chega Aí”, música que se tornou trilha da série “Turma do Gueto”, exibida pela Record TV naquele mesmo ano.
“Antigamente Quilombos, Hoje Periferia” não apenas assinou a transformação na vida dos integrantes do grupo Z’África Brasil, fazendo com que eles saíssem da quebrada para conhecer o país, como também inspirou moradores de muitas periferias e foi tema de trabalhos acadêmicos e livros. “Este é um trabalho que se propôs a resgatar a cultura brasileira desde Zumbi dos Palmares até chegar aqui, na periferia, o principal local de resistência hoje”, explicou o MC Gaspar, à época do lançamento, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Dezessete anos após seu nascimento, podemos afirmar que a obra segue atual.
Para embalar a mistura de tambores, samples e beatbox, “Antigamente Quilombos, Hoje Periferia” conta com participações marcantes dos rappers do grupo francês Assassin, da percussionista Simone Soul, Thaide, Théo Werneck, Lino Krizz, Sol, BG da Gaita e produção de Érico Theobaldo (Autoload). A versão em disco é produzida pela empresa Vinil Brasil em parceria com o selo Elementar.
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