Mulheres ocupam a programação de março no Museu das Favelas

 ​Maracatu Baque Atitude | Crédito: Kalu Fotos

O Museu das Favelas, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, divulga a programação para março, que será ocupada e protagonizada por mulheres. Como em todos os meses do ano, as atividades são gratuitas e acessíveis para todas as pessoas. 

“A programação de março celebra e destaca o protagonismo das mulheres. Não apenas enriquecendo nossa diversidade, mas também iluminando os caminhos para um mundo onde todas as vozes são ouvidas e valorizadas. Do baile ao slam, do maracatu ao samba, são muitas as conexões, formas e lugares possíveis para valorizar as mulheres das culturas e das favelas”, ressalta Natália Cunha, diretora do Museu das Favelas.

A agenda inicia no sábado (2), às 14h, no Jardim do Museu, com a roda de conversa  Papo Reto – Conexões Femininas: Diálogos sobre Gerações e Sociedade. A iniciativa traz três mulheres de diferentes gerações para compartilhar vivências e reflexões sobre as condições sociais que as impactaram ao longo das décadas. As participantes são Sanara Santos, jornalista e diretora de fotografia, e Lucia Makena, empreendedora que atua na produção de bonecas Abayomi. A mediação fica por conta de Rose Dorea, articuladora cultural e agente de transformação. 

No mesmo dia, às 15h30, na biblioteca do equipamento cultural, acontece o lançamento do livro “Colo Invisível”, da escritora Luciene Muller. A obra aborda a importância das relações e o valor de tempo que as pessoas têm com familiares e amigos. Somado a isso, a autora traz pensamentos sobre suas vivências como uma pessoa que cresceu boa parte da vida em situação de rua. O evento inclui um bate-papo com Luciene e a venda do livro. 

No sábado seguinte, 09 de março, às 14h, no Jardim, acontece o Slam das Minas, primeira batalha poética com enfoque em gênero na cidade de São Paulo, é formado por Pam Araújo, Apêagá, Ibu Helena, Aflordescendente e Carolina Peixoto. A atividade tem classificação indicativa de 12 anos. 

Em 16 de março, às 15h, na Instalação Visão Periférica, acontece “O Baile tá ON!”. Esse é um evento do Museu das Favelas que traz artistas da música periférica para ativar espaços expositivos da instituição, com mediação do Núcleo de Educação. O evento será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do Museu das Favelas.

No dia 23 de março, às 14h, também no Jardim, acontece a Festa de Favela com a participação do Maracatu Baque Atitude, grupo formado por jovens da periferia da zona sul de São Paulo. Para encerrar, acontece um pocket show voz e violão  com a cantora Luiza Akimoto. Durante todo o evento haverá feira de empreendedorismo.

No dia seguinte, ocorre mais uma edição do Pesquisa de Cria: Encontro de Saberes. Dessa vez, Juliana Bartholomeu, mestre em Ciências Sociais pela UNIFESP, apresenta sua dissertação “Epistemologias negras: insurgências e deslocamentos intelectuais em Sueli Carneiro e Lélia Gonzalez”. A pesquisa ressalta a influência das intelectuais e autoras na transformação histórica e social do Brasil. Unindo pesquisa e arte, o evento recebe o Grupo Amigas do Samba, com repertório que abrange desde a década de 1920 até os dias atuais, destacando temas cruciais como machismo e violência contra a mulher. A atividade acontece no Espaço Chave, às 14h. 

No dia 30 de março, o Museu promove a exposição virtual “O Samba merece um palácio”, sob a curadoria e mediação do educador Weverton Camargo. A mostra busca resgatar e celebrar a rica história do samba paulistano, destacando sua importância cultural, social e política na formação da identidade da cidade de São Paulo, além de evidenciar os processos de marginalização do século passado. O conteúdo será composto de vídeos gravados em que o educador-curador dialoga com os sambas-enredo de Geraldo Filme e sua confluência com os processos históricos que contextualizam a presença negra e do samba na área central da cidade de São Paulo até chegar na fundação do Museu das Favelas.

‘Favela-Raiz: Uma Ocupação Manifesto’ que traz cinco instalações – três internas e duas externas – ainda está aberta para o público. Entre outros destaques da exibição, esculturas tecidas em crochê para evidenciar a força da mulher e sua ancestralidade. 

Segue também em cartaz, até 14 de abril, a exposição ‘Retratos e histórias de cooperação e voluntariado’. Já a exposição ‘Rap em Quadrinhos’ segue em cartaz até 19 de maio. Confira aqui a programação completa do Museu das Favelas.

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