AlendaSz traz diversidade sonora alinhada ao rap em novo disco, “Sonhadores na Zona da Morte”

O novo projeto do artista AlendaSz, “Sonhadores na Zona da Morte”, tem um pouco do pagode baiano, samba reggae, arrocha, afrobeat, tudo isso mesclado ao rap. Os instrumentais são de DJ Felipe, nas músicas “Agonia” e “SNZDM” e nas demais, de Laraapio, da Produtora Bueiro75. Com um total de 16 faixas, a arte da capa é de Marcos Silva e as fotos de Edson Andrade e foi lançado nesta quinta-feira (13).

SNZDM aborda as diversas formas de existir, pontua os sonhos e adversidades de ser preto e periférico. Mostra que não é apenas sobre a morte, dor, perda, ausência e ódio. O projeto vai contra os estereótipos impostos pela sociedade e revela uma demanda nesse circuito de sonhar e se manter vivo, é um chamado sonoro para a ação do povo preto. 

Nas situações e abismos, vividos por pessoas pretas, também são identificáveis os sorrisos, as danças, a labuta, as criações, invenções, os sonhos. A ideia do álbum, de acordo com o artista, é convocar novos olhares, não apenas sobre esse lugares.

O nome do disco combina morte e sonho, na tentativa de falar das nossas coexistências, sobrevivências e, ao mesmo tempo, das criações que lá se fazem, das invenções culturais, afinal, é o que muito produzimos na Zona da Morte, apesar dos olhares, só querem ver por lá a morte e, com isso, apagar os sonhos. O disco e seu nome também é sobre o rap e sua desobrigação em termos de falar da gente, mas só de um ângulo, o da dor”, conta.

AlendaSz escreveu cinco Zonas em formato de contos, que possuem a temática e conceito do disco, é uma expansão numa perspectiva literária e aprofundam elementos chaves da cultura hip-hop. Segundo o artista, esses escritos apontam para as múltiplas experiências que aquecem e formam as geografias da Morte negra na Bahia e seu interior.

O rap é um campo literário potente e, por isso, a necessidade da sua leitura e não só escuta. Compreendo que escrever na Zona da Morte é um ofício facilmente sufocado, estrangulado, mas, fortemente espalhado, ainda que pouco reconhecido e estimulado. Temos publicações fincadas na alma, nas perdas, nas noites de luto e dias de luta. Os contos Sonhadores se encontram nesse mundo, criando e cultivando brechas que façam avançar a leitura e a literatura como armas indispensáveis na Zona da Morte”, finaliza.

Os contos estão disponíveis no site do artista. Para acessar, clique no link: https://bit.ly/3fcnChH

 

 

 

 

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