Conheça o Projeto “Peles Presentes”

Projeto aconteceu no mês da consciência negra e busca visibilidade, representatividade e auto-aceitação dos alunos e alunas negros da UFGD

No dia 18 de novembro, na Universidade Federal da Grande Dourados, aconteceu a exposição “Peles Presentes”, idealizada por estudantes e membros do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros (NEAB) da UFGD. A performance fotográfica tem como objetivo convidar a sociedade para conhecer e reconhecer as identidades negras presentes no ambiente acadêmico.

A exposição consiste em fotografias instaladas por toda a extensão do campus da Unidade II da UFGD. Ao todo, 55 pessoas foram fotografadas o que resultou na impressão de 296 retratos que estão espalhados pelas rotas da universidade.

(Fotografia 1)
Estudante de Psicologia e um dos idealizadores do projeto, Dérick Luis, 19, conta que a ideia de realizar a exposição surgiu diante do descontentamento dos estudantes negros de Psicologia da UFGD em relação à ausência de identidades negras no curso, fossem como servidores, docentes ou discentes.

“Inicialmente, o projeto consistia em um mural com personalidades negras. Porém, no encontro com o NEAB, decidimos expandir a ideia para além da Psicologia, abrangendo outros cursos da UFGD. Posteriormente, decidimos também ampliar o escopo para professores e demais servidores da Universidade”, conclui.

O NEAB, Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, é um órgão da UFGD que tem como finalidade sensibilizar a comunidade acadêmica acerca da temática e da história e da cultura afro-brasileira. Para isso, o núcleo organiza e apoia eventos, seminários, fóruns de discussão e outras atividades, além de estimular projetos de pesquisa e extensão voltados às temáticas étnico raciais.

Cleverton Arruda, 19, também estudante de Psicologia, foi responsável pela captura das fotografias e organização destas, relata que o processo de fotografar os 55 participantes foi “um tanto delicado”, pois era preciso deixa-los confortáveis enquanto tentava falar sobre suas vivências no espaço acadêmico enquanto pessoas negras.

“Eu buscava lançar questionamentos sobre como eles se comportavam em determinadas situações e como o seu corpo se expressaria, sem necessariamente usar a fala”, conta. Com isso, segundo Cleverton, foi possível atingir o conceito subjetivo em cada fotografia, que juntas, “formam uma narrativa única, existente em cada rota”.

Para esse ano de 2020, as fotografias têm previsão de serem instaladas na Reitoria e no bloco da Faculdade de Direito e Relações Internacionais (FADIRI). A exposição é aberta a toda a sociedade, sem restrição de idade e o horário de funcionamento é de segunda à sexta, das 07h Às 22h.

Confira:

 

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